segunda-feira, 18 de novembro de 2013

– Dani. Espera.
Meus olhos se fecharam. Parei ao ouvir sua voz. Sabia que deveria continuar andando como se nem tivesse ouvido. Sabia que uma interação com ele so me magoaria ainda mais, mesmo que durasse um minuto. Mas como poderia resistir?
Gutão e Wellington saíram. A porta se fechou.
Eu me encolhi em um canto, com o coração saindo pela boca.  Luan estava do lado oposto, como quem exigia uma explicação. Á medida que nos aproximávamos do ultimo andar, eu queria toca-lo.
O elevador parou. Luan saiu. Eu segui. Estávamos separados por apenas alguns centímetros. Mantive a cabeça baixa. Ouvi sua respiração, acelerada como a minha.
– Vem.
Estremeci ao ouvir aquela voz, tão familiar e que eu amava. Fechei os olhos por um minuto, depois soltei o ar com força e o segui. 
 Ele parecia surpreso. Olhando para mim, para Steffany, e depois para mim de novo.
– Sua filha. – era uma afirmação, não uma pergunta.
– Sim. – lhe encarei.
Steffany estava em um sono profundo. E eu nem sabia o porque estava ali.
– Posso pega-la? – agora era sua vez de encarar.
– Ela esta dormindo. 
– Eu a levo, deve estar pesando.
Não respondi mais nada. E passei-a para Luan. Ele disse que ela dormiu feito um anjinho, e que dava pena em ter que mexer com ela. Depois me deu o cartão que liberava nossa entrada em seu quarto.
Abri a porta do quarto rapidamente, e ele a colocou na cama, tirei seus sapatinhos e a cobri, ele me observava.
Então ele se virou para mim, lentamente, com um esboço de sorriso percorrendo sua boca tentadora, – senti saudades de você.
 – Eu também senti saudades de você.
. – Porque você não me ligou?
– Te faço a mesma pergunta.
Ele respirou fundo e se afastou. – Eu esperei você me ligar. Minha agenda esta uma loucura.
– Imagino como era a ocupação, – sussurrei. Referia-me as manchetes de suas ocupações, Camila, Amanda, Kelly e tantas outras que não me recordo.
– O que você disse.
– Nada.. nada, eu estava pensando alto.
Seguimos ate a salinha, e nos sentamos no sofá.
– Você não me contou que tinha uma filha.
– Nem tive oportunidade de te contar, nossos encontros foram todos inesperados e você já sabe como acabaram.
Luan virou para mim, com as pernas posicionadas junto as minhas. Depois aqueceu minhas mãos geladas com as dele. – E o pai dela?
– O que tem ele? – perguntei.
– Onde ele esta?
– Esta na casa dele eu acho. – respondi com aparência de quem não estava entendendo a pergunta.
– Dani, eu estou falando serio, e você ai fingindo que não esta entendendo. – ele me disse com a voz firme.
– Desculpa, só estava tentando descontrair o momento. Essa é uma longa historia Luan.
Luan se acomodou melhor no sofá. – Me conte essa historia direito Dani.
Não tinha certeza se estava preparada para relembrar tudo que vivi com Gustavo.
– Eu queria tomar um banho rápido antes. – queria estar preparada para o momento. Relaxada.
– Como quiser. Você pode usar uma blusa minha. Fique a vontade.
Quando desci dos saltos e fui para o banheiro, senti o peso de sua preocupação. Em uma tentativa de retomar o controle, passei um bom tempo no chuveiro.
Quando senti que estava pronta, encontrei Luan sentado no sofá da sala. Estava com uma calça de pijama, bem folgada e baixa nos quadris. E uma camiseta.
Me sentei ao lado, apoiando-me no sofá.
– Sou todo ouvido.
– Tudo começou quando eu tinha 15 anos, foi quando eu conheci o Gustavo, meu ex-marido.
Luan respirou fundo. Virei a cabeça para olha-lo.
– Continua. – ele me olhava.
Respirei fundo antes de prosseguir, sentindo-me tonta pelo batimento acelerado do meu coração. Não conseguia me lembrar da ultima vez que havia tão nervosa.
– Eu conheci o Gustavo quando eu tinha quinze anos. Nos conhecemos no colégio, eu nunca fui do tipo de menina que namorava com muitos, na verdade Gustavo foi meu segundo namorado. A primeira vez que ficamos durou por quatro meses. Pouco mais de um ano que havíamos terminado, ele voltou a me procurar, e nós começamos a namorar, e foi ai que eu fiquei grávida. Gustavo no começo ficou assustado, e até me sugeriu que eu tirasse o bebê.
Olhei para Luan. – Eu não concordei com esse absurdo, e avisei que se ele não assumisse, eu iria criar sozinha meu bebê.
Seus dedos passaram pelos meus cabelos ainda molhados do banho. – Eu te admiro ainda mais por isso.
Peguei sua mão e beijei seus dedos, depois a segurei junto ao meu colo. – Depois do que eu falei, Gustavo disse que assumiria o bebê e que queria se casar comigo. Nos casamos, e meses depois a Steffany nasceu.
Luan olhou para ela.
– Ela tinha um ano quando nos separamos.
– Porque vocês se separaram?
Continuei de cabeça baixa, olhando para minhas mãos contorcidas.
– Ele quase não parava em casa, eu sentia que ele não estava feliz ao meu lado, e eu também não estava feliz. Foi quando ele começou a agir como um imbecil, das mais variadas formas, se tornou rude, inacessível, não demonstrava carinho nem por mim, nem por nossa filha, sempre que eu tentava conversar com ele, ele sempre fugia. Foi então que resolvi me separar dele. E voltei a morar com meus pais.
– Você ainda tem contato com ele?
– Agora o vejo mais do que nunca, pois ele esta me processando, alega que tem direito sobre meus bens, sendo que o apartamento em que morávamos é dos meus pais, e meu carro, eu já havia ganhado antes de nos casarmos.
– Que filho da puta. – murmurou ele rangendo os dentes.
– Eu e ele temos uma ligação para o resto da vida, não posso proibir minha filha de vê-lo. Jamais eu faria isso. É um direito dela, conviver com ele.
Ele não disse nada, continuou imóvel.
– Você tem que pensar, tem todo direito de se afastar, sermos visto juntos poderiam associar o processo a você, e não quero manchar sua carreira.
Eu me virei para ele, e seu semblante era de pena. Ele sentia pena de mim?
Peguei meu vestido. – Vou me trocar e já estou indo.
– Que? – Luan pareceu despertar. – Indo aonde?
– Para meu quarto. – eu disse, sentindo-me exausta. – acho que você precisa de tempo para pensar sobre tudo isso.
– Fique, senti tanto sua falta.
– Para que? Não quero que você sinta pena de mim.
Ele passou as duas mãos pelos cabelos. – Não é isso Dani.
– Você precisa pensar, vou para meu quarto, amanha conversamos.
Não dei tempo para ele dizer mais nada. Me vesti, peguei Steffany e sai do quarto.
– Dani! Que Droga, Dani. Volta aqui. Qual é a sua?
Comecei a andar depressa. Não queria que ele me alcançasse e logo entrei no elevador. A porta ainda estava se fechando quando o vi chegar no hall.
Sabia que sua fama, impediria de ir atrás de mim. Chegue ao meu andar, fui para meu quarto e tranquei a porta. Coloquei Steffany em sua cama, e entrei na pequena sala, tomei um copo de agua.
O telefone começou a tocar. Tirei o fone do gancho e ouvi sua voz, desliguei, tirei o fone da base e desliguei a campainha. Depois tirei o celular da bolsa e mandei uma mensagem para ele.
“Amanha conversamos”.
  Deitei na cama, e meu mundo parece que desabou, sabia que isso tudo havia acabado com o pouco de esperança que ainda existia em ficarmos juntos. Em meio aos soluços adormeci.
 
 
 
 
Oiiiiiiiii minhas negas lindas. tudo bem com vocês??
Estou bem melhor viu, espero não ter outra recaída de novo.
capitulo grande esse em.. e agora o que será que vai acontecer? será o fim desse romance? será que Luan não dará importância aos últimos acontecimentos e irá atrás de Danielle?
 Só posso adiantar uma coisa, grandes emoções estão por  vir, aguardem próximos capítulos.
Comentem, comentem e comentem.
 

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Ontem à noite olhei para o céu e comecei a dar a cada estrela uma razão pela qual sou sua fã.
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